Cartilha de conselho orienta sobre bullying
O aumento de casos de bullying nas escolas levou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a fazer e a distribuir uma cartilha que orienta os pais sobre o fenômeno.
O material também pretende orientar pais e professores a identificarem crianças e adolescentes que sofrem ou praticam bullying.
A cartilha, feita pela psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, integra o projeto Justiça nas Escolas, lançado nesta semana. "É um problema muito sério, que pode levar a consequências graves, como evasão escolar e até suicídios", diz o juiz Daniel Issler, coordenador do projeto.
Serão distribuídas inicialmente 46 mil cartilhas em tribunais, no MEC e em secretarias estaduais da Educação.
Segundo a cartilha, a conduta dos agressores pode ser identificada já em casa, por meio de sinais como comportamento desafiador e agressivo com os familiares.
Já crianças que sofrem bullying podem ter até sintomas físicos, como dores de cabeça e vômitos, principalmente no período que antecede a aula.
Especialistas alertam que esses sinais podem enganar.
Para a psicóloga Rosely Sayão, colunista da Folha, a melhor forma de saber se uma criança é vítima de bullying é por meio de conversa.
"Sinais como esses [da cartilha] podem apontar também dificuldade de aprendizado, vontade de ficar jogando videogame e até mesmo não indicar nada", diz. "O importante é que o adulto seja presente."
O projeto Justiça nas Escolas busca promover seminários e visitas de membros da Justiça aos colégios para discutir questões de violência no ambiente escolar -o bullying é um dos temas.
A cartilha completa está disponível no site do CNJ (www.cnj.jus.br).
TALITA BEDINELLI DE SÃO PAULO
Nenhum comentário:
Postar um comentário