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Samanta Francisco
O desembargador Magalhães Coelho, da 7ª câmara de Direito Público do TJ/SP, em julgamento de recurso, pediu desculpas à autora da ação, em nome do Judiciário, pela demora de dez anos na decisão.
O filho de Diva Ferreira morreu em 2000, após ser atropelado por viatura da PM - o resgate demorou 40 minutos para chegar. Então, a mãe da vítima processou o Estado. Há dez anos ela aguardava o julgamento do recurso, que só ocorreu no último dia 25/7.
O desembargador Magalhães Coelho, ao virar relator do caso este ano, afirmou no acórdão que a demora no julgamento configurou verdadeiro "absurdo": "Em quase trinta anos de judicatura, raras vezes as omissões das instituições provocaram fato tão perverso, como o que aqui ocorreu." Os recursos chegaram ao Tribunal bandeirante em 2001 e ficaram inertes, sem serem apreciados. "Embora sem responsabilidade pessoal no fato, vejo-me obrigado a me penitenciar perante os autores, em nome da minha instituição, por esse verdadeiro descalabro, que se procurará a partir de agora por fim", disse o relator.
Quanto ao mérito, o TJ decidiu por acolher apenas o recurso da autora, condenando o Estado ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, com incidência de correção monetária.
Fonte: Migalhas
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