Fiquei muito feliz com essa notícia e tive que compartilhar com vocês. Já sofri preconceito e tive minha capacidade profissional diminuída apenas em razão de ser mulher. Trabalho muito, estudo bastante, e todos os dias faço pesquisas para poder estar sempre por dentro das mudanças e inovações da Lei e, mesmo assim, o simples fato de pertencer ao sexo feminino, fez com que me pré julgassem.
Uma dessas ocasiões, ocorreu quando, ao me encaminharem uma cliente para atendimento (isso mesmo, uma mulher), fui surpreendida com a seguinte observação: "A secretária falou que você cuida da área referente ao meu problema, mas, prefiro que meu caso seja cuidado por um homem, já que homem sempre sabe mais, vai mais atrás das coisas e tem mais capacidade."
É óbvio que não fiquei perdendo meu tempo (que é escasso) tentando convencê-la da minha capacidade. Limitei a dizer que depende do tipo de mulher que ela está utilizando para fazer essa comparação e, mesmo após ela pedir minha opinião sobre o assunto, me reservei o direito de não mais atendê-la.
Por isso, posso afirmar, com conhecimento de causa, que é muito triste ver todo o seu esforço ignorado em razão do seu sexo. Capacidade, conhecimento, dignidade, e tantos outros valores, independem de raça, religião ou sexo, e vai muito mais além do que uma pessoa ignorante é capaz de imaginar.
Samanta Francisco
Definitivamente, o tema tornou-se recorrente nos Estados Unidos. Depois que as escolas da Califórnia tornaram-se
obrigadas, por lei, a lecionar sobre o que tem sido chamado de "história dos gays americanos", o Senado federal do país aprovou, nesta segunda-feira (18/7), a nomeação do primeiro juiz federal assumidamente gay da história da Justiça americana.
Articulistas de diferentes veículos da imprensa local têm observado que, enquanto o Poder Executivo e o Congresso dos Estados Unidos seguem sem tréguas no implacável impasse para determinar o teto da dívida pública do país, "polêmicas secundárias", geralmente ligadas a questões ideológicas, têm ganhado manchetes de jornais e a atenção da opinião pública. Tudo indica que a relação entre Justiça e questões de gênero, sobretudo referentes ao homessexualismo, é um desses "tópicos secundários".
A maioria dos senadores confirmou, nesta segunda-feira (18/7), J. Paul Oetken no cargo de juiz federal do Distrito Sul de Nova York, fazendo dele o primeiro homem declaradamente homossexual a ser nomeado para ocupar um posto em uma corte federal no país. Oetken foi indicado pelo presidente Barack Obama em janeiro deste ano.