Juízes vão ordenar prisões pela internet
O Tribunal de Justiça e as secretarias da Segurança e da Administração Penitenciária de São Paulo assinaram um acordo para criar um sistema que vai possibilitar comunicar aos presídios e à polícia as ordens dos juízes por meio da internet e não mais em papéis.
Isso vai permitir, por exemplo, que um preso em qualquer parte do Estado seja solto imediatamente após o juiz decidir.
O acordo surge no momento em que o Estado vive sua maior lotação carcerária. São mais de 70 mil pessoas além das 100 mil vagas existentes.
A informatização também irá acabar com o hiato existente entre a decisão do juiz e a comunicação à polícia.
Segundo o delegado Carlos Antonio Guimarães de Sequeira, diretor do Instituto de Identificação da Polícia Civil -responsável pelo controle de procurados-, esse intervalo pode chegar a dez dias.
"Hoje, é 100% papel. E são cerca de mil ordens por dia", diz ele. "Demorar, demorou [a utilização da internet]. Mas chegou em boa hora."
Segundo o Tribunal de Justiça, o sistema deve ser implantado, inicialmente na capital, em seis meses.
"Vai haver uma mudança bastante grande. Oficial de Justiça indo aos presídios, isso vai acabar", afirma o juiz Alberto Anderson Filho.
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